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Thursday, April 15, 2010
O antigo conceito de “Terceiro Mundo” está ultrapassado, afirma Zoellick
- Uma nova economia global multipolar requer um novo enfoque.
O antigo conceito de “Terceiro Mundo” já não se aplica mais à nova economia global multipolar e é necessário um novo enfoque para levar em conta os interesses dos países em desenvolvimento, afirma Robert B. Zoellick, Presidente do Grupo Banco Mundial.
Em discurso antes das Reuniões da Primavera Setentrional do Banco Mundial, Zoellick afirmou que a crise econômica global de 2009 e o surgimento de países em desenvolvimento na economia global foram o dobre de finados do antigo conceito de Terceiro Mundo como entidade separada, tal como 1989 foi o fim do Segundo Mundo do Comunismo. Isso tem profundas implicações para o multilateralismo, acção cooperativa global, relacções de poder, desenvolvimento e instituições internacionais, tais como o Grupo Banco Mundial, e implica enfocar os problemas sob uma nova perspectiva.
“Há décadas os estudiosos da segurança e política internacional vêm debatendo o surgimento de um sistema multipolar. É chegado o momento de reconhecer um novo paralelo econômico. Se 1989 presenciou o fim da ‘Segunda Guerra’ com o desaparecimento do comunismo, 2009 viu o fim do que era conhecido como o ‘Terceiro Mundo’. Estamos agora em uma nova economia mundial multipolar e em rápida evolução”, disse Zoellick em discurso no Woodrow Center for International Scholars em Washington, D.C., no qual lembrou aos presentes que alguns consideraram as ações do ex-Presidente dos Estados Unidos como uma oportunidade perdida. “Não podemos dar-nos ao luxo de continuar a geopolítica costumeira.
A pobreza continua e deve ser enfocada. Estados fracassados permanecem e devem ser enfocados. Os desafios globais se estão intensificando e devem ser enfocados. Mas a maneira de enforcarmos estas questões está mudando”, afirmou Zoellick. “As categorizações ultrapassadas de Primeiro e Terceiro Mundos, doadores e suplicantes, dirigentes e dirigidos, não se enquadram mais.”
Embora a pobreza e os Estados frágeis tenham persistido como desafios a superar, os países em desenvolvimento cresceram a ponto de representar uma parcela cada vez maior da economia global e proporcionar uma importante fonte de demanda na recuperação da recente crise econômica global. Isso ocorreu não somente na China e na Índia, mas também no Sudeste asiático, América Latina e Oriente Médio. A África poderá também um dia tornar-se um polo do crescimento global. Zoellick observou que, portanto, os países em desenvolvimento merecem maior reconhecimento na gestão do sistema global e que as soluções propostas em matéria de regulamentação financeira, mudança climática e gestão de crises devem refletir seus interesses. É importante reconhecer as implicações da nova economia mundial multipolar para a cooperação multilateral e resistir às forças gravitacionais que estão trazendo um mundo de Estados-nação de volta à busca de interesses mais estreitos, disse Zoellick.
O poder traz responsabilidade. Os países em desenvolvimento precisam reconhecer que agora fazem parte da arquitetura global”, afirmou Zoellick.
Como consequência do enorme prejuízo causado pela ruptura do sistema financeiro, é evidente que o mundo precisa de uma melhor regulamentação financeira, com padrões melhores e mais sólidos de capital, liquidez e supervisão, disse Zoellick. “No entanto, devemos acautelar-nos contra consequências não premeditadas”, advertiu. “Não devemos aumentar os custos incentivando o protecionismo financeiro ou restringindo injustamente os serviços financeiros às pessoas de baixa renda. As regulamentações acordadas em Bruxelas, Londres, Paris ou Washington poderiam funcionar para os grandes bancos no mundo desenvolvido. Mas o que dizer a respeito de bancos menores, quer estejam em países desenvolvidos ou em desenvolvimento?”
A mudança climática representa outro desafio no qual o enfoque de “tamanho único” imposto pelo mundo desenvolvido não funciona para os países em desenvolvimento, disse Zoellick. “A política de mudança climática pode estar vinculada ao desenvolvimento e conseguir o apoio dos países em desenvolvimento para o crescimento com baixa emissão de carbono – mas não se for imposta como camisa de força”, disse ele. “Os países em desenvolvimento precisam de apoio e financiamento para investir em vias de crescimento mais limpo. Um bilhão e seiscentas mil pessoas carecem de acesso à eletricidade. Embora tenhamos de cuidar do meio ambiente, não podemos destinar as crianças africanas a fazerem o dever de casa à luz de vela ou negar a trabalhadores africanos empregos no setor manufatureiro. O desafio é apoiar transições para uma energia mais limpa sem prejudicar o acesso, produtividade e crescimento que podem tirar da pobreza centenas de milhares de pessoas.”
Uma terceira área em que o antigo pensamento não se aplica e na qual se deve atribuir maior consideração aos interesses dos países em desenvolvimento é a resposta às crises econômicas. “Em um mundo em transição, o perigo é o fato de os países desenvolvidos focarem as cúpulas de sistemas financeiros ou se concentrarem na má gestão dos países desenvolvidos, como é o caso da Grécia, disse Zoellick. “Ouvir o ponto de vista dos países em desenvolvimento não é mais simplesmente uma questão de caridade ou solidariedade: É uma questão de autointeresse. Esses países em desenvolvimento são agora fontes de crescimento e importadores de bens de capital e serviços dos países desenvolvidos.”
As mudanças na economia global e no sistema multilateral têm implicações significativas para o Banco Mundial, afirmou Zoellick. O desenvolvimento deixou de ser Norte-Sul e passou a ser Sul-Sul e Sul-Norte. O Banco Mundial deve adotar uma política de reforma constante, mudando para adaptar-se a circunstâncias em rápida evolução, a fim de melhor atender aos interesses das pessoas de baixa renda no mundo em desenvolvimento. Em sua reunião na primavera setentrional a instituição espera anunciar uma mudança que dê aos países em desenvolvimento pelo menos 47% das ações com direito a voto, juntamente com o primeiro aumento depois de mais de 20 ano de seu capital, o que fortalecerá um balanço que permitiu destinar mais de US$ 100 bilhões à assistência financeira desde julho de 2008. Isso será acompanhado do programa de reforma mais abrangente na história da instituição, desde maior acesso à informação a melhorias nas políticas creditícias.
Lembre-se que o conceito do Terceiro Mundo foi inventado pelo demógrafo Francês Albert Sauvy, em 1952.
Wednesday, April 14, 2010
Mozambique: Many Citizens Still Ignorant About Aids
Maputo - A new national survey on HIV and AIDS "destroys the myth that everybody already knows about AIDS", Mozambican Health Minister Ivo Garrido declared on Thursday.
Although there has been an increase in knowledge over the past few years, the survey, he noted, shows "that the majority of Mozambicans still do not possess the indispensable minimum of knowledge".
"It is crucial to step up health education", urged Garrido, "since a large percentage of Mozambicans still don't know what we regard as basic".
He was speaking at a meeting unveiling the preliminary results of the National Survey on Prevalence, Behavioral Risks and Knowledge about HIV and AIDS in Mozambique (INSIDA).
The survey, undertaken jointly by the Ministry of Health and the National Statistics Institute (INE) in 2009 took a sample from across the country of 6,097 households, in which 6,413 women aged between 15 and 64, 4,799 men of the same age group, and 2,016 adolescents aged between 12 and 14 were interviewed.
The survey showed that the vast majority of the sample had heard about HIV and AIDS - over 95 per cent amongst all those over the age of 15, but falling to 84 per cent among 12 year olds.
Yet, despite massive advertising campaigns, around a quarter of the population is still unaware that the use of condoms can prevent HIV infection. Even more surprising is the large number, particularly of women, who did not know that abstinence from sexual relations is a way of avoiding AIDS.
Thus only 57.2 per cent of women aged 15-24 and 63.2 per cent of men in the same age group understood that abstinence eliminates the risk of HIV infection.
Worse still, only around a third of adults have an acceptable level of general knowledge about HIV and AIDS - that is, they know that condom use and fidelity to one, uninfected sexual partner can reduce the risk of HIV transmission, they know that an apparently healthy person can be carrying the HIV virus, and they reject the two most common misconceptions about AIDS (that the disease is spread by mosquito bites, or by supernatural means).
Only 35.7 per cent of women aged 15 to 24 responded correctly to all of these points, and 33.7 per cent of 15-24 year old men. Some of the older age groups are even less informed. Only 25.9 per cent of women aged
40-49 had the correct combination of knowledge.
In general, people in the countryside are much less knowledgeable about AIDS than those living in the cities. 40.2 per cent of urban women and
46 per cent of urban men had acceptable general knowledge about the disease, compared with 27.8 per cent of rural women and 29 per cent of rural men.
As for the battle against stigma and discrimination against HIV-positive people, the great majority of correspondents in all age groups said they would be prepared to take a relative infected with HIV into their own home and look after him or her. Rather fewer, but still over two thirds of the sample, believed that HIV-positive teachers should continue teaching. About two thirds also said they would be willing to buy vegetables from an HIV-infected vendor.
But when it came to breaking the silence surrounding AIDS, the great majority rejected the idea, and insisted that the HIV-status of their relatives should be kept secret. Less than 40 per cent of the sample, in all age groups, both men and women, believed that there was no need to keep the illness of an HIV-positive relative a secret.
Despite the stress by AIDS campaigners on the need to delay the onset of sexual activity, the survey found that around a quarter of the respondents had experienced sexual relations before the age of 15.
25 per cent of urban men began their sex life before they were 15 - exactly the same figure as found by the last comparable survey, the Demographic and Health Survey of 2003. The number of women who embarked on sexual relations before the age of 15 in the cities fell slightly - from 21 per cent in 2003 to 20 per cent in 2009.
There was a greater fall in rural areas - from 33 to 29 per cent among women, and from 28 to 25 per cent among men.
Among the 12 to 14 year olds, the great majority had not had any sexual relations. But 14.8 per cent of the 14 year old girls admitted to sexual relations with one partner and 3.8 per cent with two or more partners.
2.8 per cent of the 12 year old girls had had sex - one per cent with more than one partner.
Of those who had multiple sexual partners in the 12 months prior to the survey, only 23 per cent of the women and 20 per cent of the men said a condom had been used the last time they had sex.
Four per cent of urban women and 2.5 per cent of rural women reported multiple partners. But for men the figures were 22.4 per cent in the cities and 18.1 per cent in the countryside.
This huge difference cannot be accounted for by a large number of men using the services of a small number of prostitutes, since only eight per cent of the male sample admitted to paying for sex in the previous
12 months.
For reasons that have yet to be explained, paying for sex is most prevalent in the north of the country - 36.8 per cent of men aged 15 to
64 in Cabo Delgado province, 16.3 per cent in Niassa and 12.6 per cent in Nampula said they had paid for sex. Even in Maputo city the figure was only 7.9 per cent, and in every other southern or central province it was less than five per cent.
As for HIV testing, only 31 per cent of the women and 16.6 per cent of the men had ever taken a test. Thus the great majority of Mozambicans have no idea what their HIV status is.
The lead researcher on the survey team, Dr Francisco Mbofana, said the HIV prevalence rates are still being worked out from the blood samples taken during the survey. He hoped to publish these results by June.
INSIDA is the first truly national survey of HIV prevalence. Previous estimates of HIV prevalence come from epidemiological surveillance rounds limited to sentinel sites - health units where the blood of pregnant women is tested. There are mathematical methods to extrapolate these results to the general population, and the latest round, in 2009, gave an estimated HIV prevalence rate of 15 per cent among people aged between 15 and 49.
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